Muitas vezes é anunciado que as formas contemporâneas de colaborar, da participação coletiva, são consequências da Web 2.0, das ferramentas digitais. Porém, a discussão sobre participação antecede as tecnologias digitais, estão presentes nos movimentos artísticos pelo menos desde o século XX, pondo em questão as distâncias entre artista e público, produção e recepção, e formas de ampliar a participação das pessoas, confrontando espectador passivo com público ativo.
Ser espectador não é a condição passiva que deveríamos converter em atividade. É nossa situação normal. Aprendemos e ensinamos, agimos e conhecemos também como espectadores que relacionam a todo instante o que veem ao que viram e disseram, fizeram e sonharam.
Como processo de reflexão baseado em Rancière sobre a ação participativa, criei a coleção a gente no museu no Instagram, de silhuetas de espectadores olhando / observando / analisando / fotografando / compartilhando obras em museus, vetorizadas a partir de fotos em espaços expositivos.